Desde que eu cursei alguns períodos de psicologia na UFRJ, no inicio dos anos 80, que eu penso sobre a relação entre o prazer sexual masculino e o feminino com a reprodução da espécie humana, sem, contudo, me deter com mais profundidade sobre esse assunto.
Agora, depois de me formar em Economia, prestar concurso para auditor – fiscal da Receita Federal do Brasil e me aposentar em maio de 2019, voltei a pensar sobre isso, especialmente durante meu confinamento por causa da pandemia da Covid-19.
O texto reproduzido abaixo, atualizado, é fruto dessas minhas reflexões sobre esse tema.
O prazer sexual feminino permaneceu no escuro durante muito tempo.
Até hoje, a ciência ainda não entende completamente a função do orgasmo feminino na fecundação e reprodução da espécie.
As mulheres ovulam sem atingir o orgasmo e podem gozar até em seu período menstrual.
Em relacao aos homens, é bem mais fácil entender como esse mecanismo funciona.
Neles, o clímax tem relação direta com a liberação de espermatozoides para a fecundação.
Nas mulheres, o orgasmo não tem essa ligação direta, visível a olho nu, com a reprodução da espécie.
Mas tem uma função indireta importante, na medida em que a lubrificação da vagina e a contração do útero na hora do orgasmo ajudam a transportar o esperma, aumentando a chance de gravidez, caso o orgasmo aconteça em seu período fértil.
Além disso, esse prazer estimula as mulheres a terem relações sexuais e a se conectarem com seus parceiros, mesmo quando estes não estão muito a fim.
Além de fatores sociais, econômicos e culturais, por ter essa relacao direta com a fecundação e, consequentemente com a reprodução da espécie humana, o prazer masculino foi tanto estimulado ao longo da história, enquanto o feminino permanecia renegado.
Entendo que a mulher que tem orgasmo na relação em que se deu a concepção, desejando, junto com o seu parceiro, que isso acontecesse, ou seja, o orgasmo e a concepcao, e que continua tendo orgasmos com o seu parceiro durante e após a gravidez, terá melhores condições psicológicas pra criar seu filho que, certamente, terá também melhores condições afetivas e emocionais para se desenvolver.
Obs. Esse texto se baseou meramente em dados empíricos.