Ainda se pode degustar Comidas de bom paladar Dos fogões lá do fundo do quintal Das panelas de barro com leve pitada de sal Nos baús dos Caminhos do Serro Saberes e sabores tradicionais Oh! Minas Gerais. Oh! Minas Gerais. Atiça o fogo muié, traz a galinha Quero prova-la com quiabo e angú Cachaça boa, oi, tá no coité Eu vou beber com torresmo e galope Os índios do Serro do Frio Viviam dos frutos, raízes e temperos naturais Como o “bicho-da-taquara” que provocava sonhos divinais Lá chegaram os bandeirantes, com seu farnel tropeiro, Em busca de riquezas minerais O negro trabalhou com braço forte Sua fé foi o suporte para sobreviver à escravidão E a saborosíssima Trindade é o fruto dessa comunhão Hoje, sou cozinheiro da Academia Ponho a mesa com amor e alegria Vou seduzi-los pelo cheiro Mantendo acesa a chama do Salgueiro Eu gosto assim, tá bom “à Beça” Rosário em festa, nossa prece não tem pressa Ora-pro-nóbis, minha gente está aí Eta “trem bão” servido na Sapucaí!
Letristas: Mauro Torrão e Luiz Carlos Alves (Bochecha).
[Samba 13 – 2015] Este enredo foi inspirado no livro “História da Arte da Cozinha Mineira” de Dona Lucinha (Maria Lúcia Clementino Nunes) e competiu para samba-enredo oficial da Salgueiro para o Carnaval 2015.