-–]=
-–]=

Salgueiro, uma
escola de Vida

S
Salgueiro, uma 
escola de Vida
Que faz um Samba
Forte, alegre
Brotado de um povo
Forte, sofrido,
Realizando a fotossíntese do amor
Em forma de melodia,
Ritmo e poesia

“Habitada por gente simples e tão pobre, que só tem o sol que a todos cobre, como podes Mangueira cantar?”

Essa pergunta que Cartola, um dos fundadores da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, faz no samba “Sala de Recepção”, composto nos anos 1930, eu me fazia quando, alguns meses após  o falecimento de minha mãe, em 1975, comecei a frequentar os ensaios do Acadêmicos do Salgueiro, na quadra que ficava no Clube Maxuel, em Vila Isabel. Na época eu morava  na Tijuca, esquina das ruas Barão de Pirassinunga com Bom Pastor, de frente para morro do Salgueiro. Ao ver na quadra de ensaios, sambando e cantando, algumas daquelas pessoas que eu via descendo a ladeira da rua Potengi, bem cedo pra trabalhar, e que retornavam ao anoitecer, subindo a mesma ladeira, com passos lentos, cadenciados, eu perguntava a mim mesmo: como podes  Salgueiro sambar e cantar, apesar de séculos de escravidão? ( “Livre do açoite da senzala, preso na miséria da favela”). Na busca de compreensão dessa manifestação de resistência cultural e de amor à vida, eu escrevi este poema.

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram

Compartilhe este poema

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram

Carioca, filho de pai mineiro e mãe portuguesa, é o sétimo de oito irmãos. Cursou um período de Física na UERJ, seis períodos de Psicologia na UFRJ e, finalmente, se formou em Economia na UERJ.

Funcionário público concursado. Gosta do Salgueiro de Seu Duduca, Bala, Zuzuca e Geraldo Babão, mas é apaixonado pela Mangueira de Cartola, Nelson Cavaquinho, Geraldo Pereira e Jamelão.

Escreveu as letras que viraram sambas do álbum “Samba, uma Escola de Vida” ou “Palmas para o Salgueiro”, interpretado pela cantora Marilena Santos.

Instagram

@luzcarlos58

Cacique Raoni, o Pelé das Florestas
E dos Povos Indígenas!
Morre Edson Arantes do Nascimento,
Mas Pelé é Eterno!
"O difícil, o extraordinário, não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé".
Carlos Drummond de Andrade
Um Feliz Natal para todos!

Todos os direitos reservados © 2025

Criado por Lucivam Queiroz